BLOGUE DA ESCOLA SANTA MÔNICA _ PELOTAS/RS

"Chega mais perto e contempla as palavras.

Cada uma tem mil faces secretas sob a face neutra.

E te pergunta, sem interesse pela resposta.


Pobre ou terrível, que lhes deves:

'Trouxeste a chave?' "

(Carlos Drummond de Andrade. Procura da poesia)

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Ainda sobre a utilização da coletânea e a proposta de redação

Imagem: aqui
Este post dá continuidade ao anterior _ Proposta de redação e coletânea: como fazer? (aqui) _ e visa ajudá-los a redigirem seus textos com base na proposta de redação e da coletânea de textos os quais a acompanham.

Para refletirmos acerca de um tema e escrever sobre ele, precisamos um mínimo de conhecimento referente a esse tema, por isso, a coletânea se constitui um recurso de que vocês podem lançar mão para extrair informações, confrontar posicionamentos, e, então, posicionarem-se. Ela é um conjunto de subsídios que manifesta situações reais, com informações e posicionamentos colhidos dessas situações reais.
A autora Maria Bernardete Abaurre muito apropriadamente explica o que foi dito:
"Quem escreve no mundo real pesquisa para escrever. Um repórter vai à cena _ vê o jogo, analisa o acidente, cobre a reunião _ e lê sobre o tema, consulta enciclopédias, arquivos, ouve 'especialistas', entrevista implicados. Por que o aluno deveria inventar um texto a partir do nada? Assim, a introdução da coletânea é o dispositivo que verdadeiramente pode alterar a natureza da redação na escola [...]."
E acrescenta:
"[...] escrever a partir do que já se escreveu. É que escrever é uma prática social que consiste, em boa medida, em escrever contra, sobre, a favor, ou, mais simplesmente, a partir de outros textos. Não há escrita sem polêmica, retomada, citação, alusão, etc. Ninguém escreve a partir do nada ou a partir de si mesmo." (Grifos meus)
Extraído de: Abaurre, M. B. et al. 15 anos de vestibular UNICAMP: redação; coletânea. Campinas: Ed. da UNICAMP, 2001.
E então, preparados...? Bj, Tê!

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